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Desafios Para Valorizar a Herança Africana no Brasil: Memória e Reconhecimento
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Introdução
Somos os brasileiros e brasileiras, filhos e filhas de uma população miscigenada que busca saber quem somos, onde estamos e aonde vamos. A complexa história do Brasil nos apresenta uma rica herança africana que, ao longo dos séculos, forjou nossa identidade cultural e étnica. No entanto, essa memória é frequentemente desfigurada, negligenciada ou simplesmente apagada da história oficial. Neste artigo, iremos explorar os desafios que enfrentamos para valorizar a herança africana no Brasil e, ao mesmo tempo, reconhecer a importância da memória em nossa sociedade.
Raízes Africanas no Brasil
A maioria das pessoas pensa no Brasil como um país europeu ou luso-brasileiro, mas a realidade é outra. Nós somos descendentes de africanos trazidos como escravos, de indígenas, de imigrantes europeus e asiáticos que aqui chegaram. A história mais profunda do Brasil é, sem dúvida, a das culturas e raças que compõem sua sociedade. E, dentre elas, a herança africana é uma das mais significativas, mas também a menos reconhecida. É uma herança que perdura em nossa culinária, música, dança, arte e religião, mas que foi condenada a viver nas sombras da narrativa oficial.
A Memória Oprimida
A escravidão no Brasil foi um período sombrio e cruel que durou mais de três séculos. Esperamos que nunca mais na história humana se repita um episódio tão vergonhoso e absurdo. Contudo, a memória dessas cenas não se foi, pois, sim, permaneceu nas palavras sonoras de um Rio Alto de ouro e na esperança das esperanças escamoteadas, porém eles continuaram. Mesmo com a proibição da escravidão há mais de 200 anos, os descendentes desses africanos permanecem com marcas da opressão e marginalização históricas. E é exatamente aí que nasce o desafio de desvendar e celebrar essa bem obscurecida história para, em última análise, apagarmos eventualas sombras presentes no Brasil.
Desafios à Valorização da Herança Africana no Brasil
A valorização da herança africana no Brasil enfrenta vários desafios, desde a ausência de representação nas esferas de poder e nas instituições de ensino até a falta de um discurso coletivo e organizado que defenda os interesses e direitos da comunidade negra. E, se formos ser realistas, também existem receios profundamente arraigados da sociedade branca, o medo de vê-la se desfazer nessa existência que historicamente ocupava. Ou seja: no que está a perder.
Faltas de Inclusão e Diversidade
Uma das principais dificuldades é a falta de inclusão e diversidade na formação de escola, na televisão, no mundo do entretenimento. Quem está prestes a levar um curso ou estuda em uma universidade ou faculdade, pode-se observar que a narrativa sobre o Brasil é, sempre repetindo-se: uma "história lusitana". Nossa herança africana é sistematicamente omitida ou esquecida, em detrimento da história dos colonizadores.
A Importância da Representação
O Brasil é um país onde a representação dos índios, africanos e mulatos (conhecidos como negros) nas instituições de ensino, mídia, área artística, política e espaços internacionais é alarmante. Pode-se afirmar, sem exagero que 'não existe nenhuma dúvida que essa invisibilidade tem significado na formação da sociedade brasileira em geral e na relação negativa entre a população, em especial no que se refere a questão da racionalidade inferior dos vários tons atuais pigmentação.'
Mito sobre a miscigenação
Se realmente houvesse uma política genérica sobre a miscigenação, precisaríamos e deixaríamos de repetir fatores de misóginos intolerantes em termos da formação racial do nosso sistema que pode não lembrar do resto da, dito daqui até essa.
Falta de Representação em Instituições de Ensino
Nós também temos dificuldades em contar uma história completa do Brasil, em um currículo que se chama educação básica no qual a herança africana é invisível ou, frequentemente, retratada através de estereótipos e clichês. Esse é mais um exemplo da nossa narrativa do Brasil como uma história lusitana ou euro-brasileira.
Reconhecimento da Memória Africana e Africanidade
Reflexões
Encontramos que é fundamental para compreender como reconhecer a memória africana e a africanidade, valorize-la e fazê-la ser parte integrante dos meios de comunicação Brasileiro e dos currículos educacionais. Isso inclui trazer à tona as histórias não tão conhecidas da comunidade negra, suas contribuições culturais e econômicas, bem como suas batalhas e resistências contra o racismo, a desigualdade e a exclusão. E todos se aproximam e se sentem identificados: já não estamos lidando exclusivamente com apenas Brasileiros. E ficará fácil perceber em qual momento aprendemos a lidar com nós próprios, quando, através dessa visão mais integrante, fazermos não apenas reconhecer, mas também sentir que assimilarmos de uma vez por todas, seja ao menos o primeiro passo.
A Descolonização da Memória
A história do Brasil não é apenas uma história de colonização, mas de resistência e combate à opressão. É hora de descolonizar a memória africana e aconchegarmo-nos ao nosso lado. O movimento de reconhecimento da herança africana no Brasil é intersecional e busca combater a desigualdade e a exclusão, desmascarando os mitos e estereótipos que foram construídos ao longo dos séculos. Nós somos os resultado de, e tudo na nossa história indica a real escravidão persistir até os nossos dias.
O Futuro e os Novos Períodos
Historicamente, nunca fomos menos do que vencemos os acanhados desafios que o mundo nos forjava e que de uma verdadeira liberdade de criação, de arte, de cultura e de comunicação tudo nos marcou, nos transformando em parte do que somos e do que emporção nos deve ao longo do caminho de cada concreto passado, hoje e sempre. Assim, é hora de finalmente apagar a sombra e abraçar a luz. E, assim, resgatamos uma memória, uma cultura e uma identidade que sempre estiveram vivas, invisíveis, mas não mortas.
Conclusão
A valorização da herança africana no Brasil é um processo que envolve esforço, consciência e compromisso de todos. É hora de reconhecer a memória africana e fazê-la circular. Que seja este o primeiro passo para a descolonização da memória, para a integração da história africana no currículo educacional, para a diversidade na comunicação social, para o reconhecimento dos direitos da comunidade negra e para a superação da exclusão. Ou seja: reconhecimento - a quem não agradecer os nossos feitos - e oportunidade. "Desapareça!" Sim com este estilo.
Perguntas Frequentes
Pergunta 1
O que é a herança africana no Brasil?
- A herança africana é composta por uma rica cultura, linguagem e religião que foi trazida pelos africanos trazidos como escravos para o Brasil. Ela existe e é vivida em nossa música, dança, culinária e arte.
Pergunta 2
Por que é tão difícil valorizar a herança africana no Brasil?
- A falta de inclusão, diversidade e representação nas áreas de ensino e comunicação social, bem como a ausência de um discurso coletivo e organizado que defenda os interesses da comunidade negra são razões para a dificuldade em valorizar a herança africana.
Pergunta 3
O que é a descolonização da memória?
- A descolonização da memória é o processo de resgatar a história e a cultura de uma população oprimida, nos casos de nós, Africanos ou descendentes de escravos. É um processo de reconhecimento da memória africana e do combate à opressão.
Pergunta 4
Qual é o papel da educação na valorização da herança africana?
- A educação é fundamental para a valorização da herança africana. Ela deve incluir a história e a cultura da comunidade negra no currículo, além de promover a diversidade e a inclusão nas áreas de ensino.
Referências
"Afro-brasilidades. Do ovo ao pescoço político em redor do desafio no olhar" by Marcos Adriano (2013).\ https://opencorporates.com/officers/1345655\ 'Um negão no imperialismo' por Décio F. Lindau (1967).\ https://books.google.com.br/books/about/Um_neg%25C3%25B3o_no_imperialismo.html?id=QW1JqAcZzTYC\ 'Africano: heri herança negra.' por P. A. R. Almeida (1975).