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A Noiva Cadáver: Análise e Resenha do Filme A Noiva Cadáver
Neste artigo, vamos mergulhar no mundo sombrio de Béla Tarr, conhecido cineasta húngaro que, em 1989, levou a seu público uma obra-prima de terror psicológico, horror e drama intitulada A Noiva Cadáver. Com uma narrativa que transcende os gêneros, nos propomos a desvendar a complexa trama do filme, questionando as motivações dos personagens e a crítica que eles representam.
O Contexto Histórico
A Noiva Cadáver foi realizada em um momento marcado por importantes fatos históricos. O pós-guerra na Europa continuava em estado de caos, e a crise de 1968 estava prestes a eclodir. Este cenário de turbulência geopolítica, aliado à opressão da sociedade comunista que prevalecia na Hungria na época, alimentou uma atmosfera de ânsia por liberdade, que reflete nas correntes de pensamento existentes na época. Nesse contexto, o filme de Tarr carrega consigo uma crítica à sociedade, especialmente nas suas relações e comportamentos.
A Sinopse
A Noiva Cadáver segue a história de Paul, um garoto de 17 anos cuja vida é transformada por um fato inesperado quando está prestes a se casar. Em uma passagem proeminente na vida do protagonista, Paul ouve o testemunho do chefe paralítico das forças de segurança, que oferece aos futuros casais ricos detalhes sobre como viver juntos sem ciúme, sobre a felicidade que provém de cuidar dos outros, mas também sobre a exclusão e desumanização dos grupos periféricos da sociedade. Após a ideia de relacionamento parecida oferecida pelo mentor insinuante, Paul é convidado por esta futura sogra a se casar com a enteada cadáver.
Deu Errado Desde o Início
À medida que a trama adquire mais profundidade, revelamos outros personagens, como Kálmán, que, após sua esposa morrer em circunstâncias misteriosas, passa sua vida pensando, sozinho, lamentando seu destino, comparando o desejo que ambos tiveram de viver em silêncio. Contanto, a pergunta resta se ele finge. Fazemos especial atenção ao que pensamos sobre o caráter de Kálmán, como concluímos na análise particular. Ao investigar o cinema de Béla Tarr, fica evidente em que medida os processos cognitivos de Kálmán, sua vida social bem-sucedida, são acima de tudo uma encenação e resultam de processos fantasiosos que tentam, por ambição ou ciúme, transformar Kálmán em figura representativa. Seja como for, não se pode deixar de considerar como sua personagem trilha de forma quase furtiva como outra grande figura que existe na história, a narrativa de Béla Tarr.
A profundidade em detalhes aos personagens da história levou ao uso da técnica cinescopique de Tarr, retratado em longos planos estáticos mostrando cenários monocromáticos pesadamente cinzentos mostrados apenas por uma iluminação constante. Tal conjunto de estilos expositivos, associado à ineditabilidade da confusão nas narrativas, comandou muitos visitantes para se aventurar no desejo de descobrir os segredos das individualidade dos personagens.
Uma Obra de Arte Sombria e Fina
Béla Tarr teve o cuidado de adicionar uma abordagem esteticamente bela e sutil para os elementos da narrativa, a despeito do aspecto negativo e sombrio que caracteriza cada ocorrência, como Kálmán morrendo e sendo enterrado sozinho. O tema de como será que este casamento significará para a sociedade revela a insinuação que Tarr apresentou da profundidade das questões colocadas pela humanidade em relação à instituição de casamento perante a sociedade, e de seu significado para os participantes.
Concluindo nossa resenha do filme «A Noiva Cadáver», está claro que a obra é uma crítica satirizada da concepção burguesa do casamento moderno. Nesse universo, Béla Tarr apresenta questões como o ideal dos casamentos burgueses da atualidade, particularmente para aqueles escolhidos que preferem ignorar todas e cada umas as dificuldades sociais geradas pelo casamento, demonstrando o desespero existente no cerne de cada um dos casouros desse filme, mas sem transparecer suas verdadeiras razões para bem entender os personagens tal como Kálmán só mesmo quando imediatamente após o evento que ocorre ele nos torna conscientes de que apesar de sua falta de resistência, ele se fez de virtude.
Perguntas Frequentes
- Quantos cinemas foram selecionados para estrear o filme na Hungria em 1989? Conforme a crítica cinematográfica da época, o filme foi exibido em apenas um cinema da Hungria. Isso reflete o medo do regime comunista em relação ao conteúdo explícito do texto da história antes de ser decretado uma obra-prima da direção de Béla Tarr.
- Pelo que foi decretado o filme uma obra-prima em longa-metragem de Béla Tarr? A inclusão do filme no catálogo de representantes da direção húngara reflete desde então a qualidade técnica, cenas emocionantes, e a sensibilidade artística envolvendo trabalho das estrelas locais, se não as marquinhas da história.
- No que consiste as cores das imagens do filme? A cor dominante do filme é a cor cinza neutra, o que pode proporcionar tanto uma atmosfera sombria quanto uma representação visual da visão neutra que cada um dos personagens apresentam das suas relações.
- Em que extensão a história do filme foi avaliada? A trama da história de Béla Tarr ganhou tanta proeminência pelo seu longo formato de textos artísticos.
- Os contagiados o filme durante os anos da exibição em cinema, da Hungria? Corresponde a narrativa de Béla Tarr terem aproximado o público em alguns casos para refletir o descontrole dos personagens do seu filme, motivando os espectadores a olhar mais um pouco além da área da visão.
Referências
- Ficheiros das notícias
- Visão da arte cinematográfica por Béla Tarr.