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Como saber se tem anemia no exame de sangue?


A anemia é uma condição comum, mas muitas vezes subdiagnosticada, que pode afetar nossa saúde de diversas maneiras. Em nosso cotidiano, é difícil perceber os sinais e sintomas dessa condição sem a ajuda de um exame de sangue. Neste artigo, vamos explorar como descobrir se temos anemia por meio de análises laboratoriais e o que esses resultados significam.

O que é anemia?

A anemia ocorre quando o número de glóbulos vermelhos no sangue está abaixo do normal, o que pode resultar em uma redução da quantidade de oxigênio que chega às células do corpo. A principal causa é a deficiência de ferro, mas outros fatores como doenças crônicas, deficiência de vitamina B12 e problemas de medula óssea também podem contribuir para essa condição.

Como sabemos se temos anemia?

A maneira mais eficaz de descobrir se temos anemia é realizando um exame de sangue. Mas qual exame é esse? Vamos entender melhor os tipos de análises que podem nos ajudar.

Hemograma completo

Um hemograma completo é o exame mais comum para detectar a anemia. Ele mede diversos componentes do sangue, incluindo:

  • Hemoglobina
  • Hematócrito
  • Contagem de eritrócitos (glóbulos vermelhos)
  • Índices corpusculares (MCV, MCH, MCHC)

Esses elementos são fundamentais para determinar a saúde dos nossos glóbulos vermelhos e, consequentemente, identificar a presença de anemia.

Hemoglobina

A hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue, é um dos principais indicadores de anemia. Os níveis normais variam de acordo com a idade e o sexo:

  • Homens: 13,5 a 17,5 g/dL
  • Mulheres: 12,0 a 15,5 g/dL

Se os resultados estiverem abaixo desses valores, podemos ter anemia.

Hematócrito

O hematócrito mede a percentagem de glóbulos vermelhos em relação ao volume total de sangue. Os valores normais também variam:

  • Homens: 40,7% a 50,3%
  • Mulheres: 36,1% a 44,3%

Valores abaixo dessas faixas podem indicar anemia.

O que os índices corpusculares nos dizem?

Os índices corpusculares, como o MCV (volume corpuscular médio), o MCH (hemoglobina corpuscular média) e o MCHC (concentração de hemoglobina corpuscular média), ajudam a classificar a anemia em diferentes tipos. Entender esses indicadores é fundamental para que possamos buscar o tratamento adequado.

MCV (volume corpuscular médio)

O MCV nos ajuda a determinar o tamanho das células vermelhas do sangue. Se o MCV for baixo (microcítica), isso pode indicar anemia ferropriva. Valores normais giram em torno de 80 a 100 fL.

MCH (hemoglobina corpuscular média)

Este índice nos informa a quantidade média de hemoglobina por glóbulo vermelho. Valores baixos podem sugerir também a anemia ferropriva ou talassemia.

MCHC (concentração de hemoglobina corpuscular média)

MCHC é a medida da concentração de hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos. Os valores normais variam entre 32% e 36%. Anemia hipocrômica, na qual uma quantidade insuficiente de hemoglobina é produzida, se caracteriza por uma MCHC baixa.

Sintomas da anemia

Agora que já entendemos os aspectos dos exames de sangue, é importante mencionar que muitos de nós não percebemos a anemia até que os sintomas se tornem evidentes. Os mais comuns incluem:

  • Cansaço excessivo
  • Palpitações
  • Dores de cabeça
  • Falta de ar
  • Fragilidade nas unhas
  • Pele pálida ou amarelada

Se estamos enfrentando sintomas como esses, é essencial realizar um hemograma o mais rápido possível.

Perspectivas e consequências da anemia

A anemia pode ter consequências graves se não tratada. Em casos extremos, pode levar a complicações como insuficiência cardíaca, problemas durante a gravidez, entre outros. Fazer regularmente exames de sangue e estar atentos a nossos sintomas é uma atitude proativa que devemos adotar para nossa saúde.

Como tratar a anemia?

O tratamento varia de acordo com a causa da anemia. Se a causa for a deficiência de ferro, por exemplo, mudanças na dieta e suplementos podem ser suficientes. Se é uma anemia crônica ou de natureza genética, um acompanhamento médico rigoroso e um tratamento específico são essenciais.

Alimentação rica em ferro

Adotar uma dieta rica em ferro pode ser um passo importante para tratar a anemia. Alguns alimentos que devem estar em nossa dieta incluem:

  • Carnes vermelhas
  • Peixes
  • Frango
  • Leguminosas
  • Verduras escuras, como espinafre
  • Frutos secos

Combinar esses alimentos com fontes de vitamina C, como laranjas e kiwis, pode ajudar na absorção do ferro.

Conclusão

Em suma, saber se temos anemia através dos exames de sangue é um primeiro passo importante para cuidar da nossa saúde. Nunca devemos ignorar os sintomas que podem indicar essa condição e realizar exames regularmente é uma prática que devemos considerar seriamente. Ao primeiro sinal de qualquer incomodo, a consulta ao médico e a realização de um hemograma completo se faz necessária. Lembrando que a diabetes é uma condição comum e sua detecção precoce pode evitar complicações mais graves.

FAQ

1. Quais são os principais exames para detectar anemia?

O hemograma completo é o principal exame para detectar anemia, pois fornece informações detalhadas sobre os glóbulos vermelhos e a hemoglobina.

2. A anemia é um problema sério de saúde?

Sim, a anemia pode levar a complicações graves se não tratada, sendo importante detectar e tratar a condição assim que possível.

3. Como é feito o tratamento da anemia?

O tratamento depende da causa, mas geralmente inclui ajustes na dieta e suplementos de ferro, além de acompanhamento médico regular em casos graves.

4. A anemia é comum em quais grupos de pessoas?

A anemia pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em mulheres grávidas, crianças e idosos.

5. Quais são os sinais e sintomas da anemia?

Os sintomas incluem cansaço excessivo, palidez, falta de ar, palpitações e dores de cabeça.

Referências

  1. Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. (2021). Anemia: Sintomas, Melhores Formas de Prevenção e Tratamento.
  2. Ministério da Saúde. (2022). Anemia: Informações para a População.
  3. Organização Mundial da Saúde. (2020). Anemia: A Global Perspective.
  4. Jansen, C. et al. (2021). Prevalência de anemia em mulheres grávidas: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
  5. Carvalho, L. M. (2023). Alimentação e Anemia: Como uma dieta pode ajudar na prevenção e no tratamento. Nutrição em Foco.

Autor: Saber Tecnologias

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