Saber Tecnologias

Publicado em
Atualizado em

Festa no Céu: Análise e Resenha do Filme


Em um dos anos mais significativos para a produção cinematográfica brasileira nos últimos tempos, 2011 nos apresentou uma rica variedade de filmes de qualidade. Um deles, que sem dúvida merece destaque, é "Festa no Céu", dirigido por Toniko Melo e lançado no mesmo ano. Nessas linhas, faremos uma análise detalhada desse filme inovador que busca refletir sobre um tema relevante para nossa realidade social: a marginalização dos jovens negros.

Cenário e Plano Narrativo

"O Céu no Fogo" é o título de outro filme também bem-sucedido do realizador, mas, suprimirá as diferenças dos roteiros focado aqui no "Festa no Céu", cujo enredo decorre em uma comunidade habitada por emigrantes de São Tomé e Príncipe na cidade de São Paulo. A história desenvolve-se em função das experiências de um grupo de vendedores ambulantes, encarregados da manutenção de uma estrutura de vida compartilhada na periferia da cidade. Nesse contexto pacato e previsível, à medida que a trama ganha fôlego, um crime brutal e traumático ocorre na vizinhança.

Essa dramática mudança de enredo é o catalisador que permite aos moradores do local estabelecer mecanismos e fazer planejamento mais eficaz. Entretanto, antes do desenrolar de tal realidade traumatais, os jovens vendedores buscavam formas de expressar seu patriotismo transgênere, com uma mão na forma de encontros regulares para o jogo de baío bantú, enquanto as conversas nas ruas abordam a nostalgia pela pátria perdida e pela saudade dos lares distanciados. Os estereótipos sociais mais abafados e os desafios decorrentes de uma realidade cultural étnica periférica são também minados nas conversas jocosas dos integrantes do condomínio residencial.

A partir daí, retomando ao longo da história repletos dias de trabalho e trocas de percepções, surge a figura de Victor do Nascimento, "Príncipe", os seus respectivos seguidores e camaradas, vivem à margem da sociedade com a cultura típica africana enquanto geram estratégias robustas de enfrentamento dos desafios enfrentados na realidade de sua existência, em oposição à opressão impingida pela sociedade e impunes nas cadeias de poder que prendendo os periféricos.

Além disso, não perde tempo e em diferentes pontos do filme há uma forte presença feminina, fortalecendo ainda mais o conjunto. De forma bem equilibrada, estas histórias somadas auxiliam nosso entendimento dos conflitos sociais presentes.

Atuação e Direção

Ronnie Marinelli, que vive o jovem agressivo Tio Pim da Silva, da família real, é o recurso de ressaltar o drama do destino de seus inconfundíveis semelhanços ficticios. A importância de outros papeis no filme como Filipe Chagú com o ator príncipe rende indissociáveis aos outros interessados bem preparados como uma armazém com desenhos representativos, entre aqueles e tantos outros personagens fortes.

Miguela Rosa e André Fraga como outros atores encenadores também colaboraram no equilíbrio, criando também uma identidade que aperfeiçoou o film. E o mais forte de todos eles veio da comunhão humana com as personagens e toda essa identificação que muitos dos seus ouvidos ainda guardam, com palavras do realizador: "é só deixar correr naturalmente que está agora dentro você", citando Mário Peixoto, a outra realizadora que as deixou entrar sem problemas para incorporar suas experiências e a visão do real dentro dele. Entretanto, elas o deixam dentro antes de serem tocadas novamente imprimindo sensações da qualidade bruta de uma conversa interativa entre membros dessa pequena família real com poucos suspiros.

Uma interessante escolha que realizador fez foi o uso no cinema de conceitos que fogem à lógica cinematográfica. Apesar do talento e habilidades técnicas, a "simulação" usada para criar a imagem distorcida dos fantasmas dos mortos, cria uma atmosfera bem análoga a dos momentos presentes de que as cenas do filme estão transfigurados.

Valores e Críticas

Um dos pontos que mais nos impressionou nesse filme é o seu ponto de vista sobre as questões sociais como, em especial, questões raciais e o cômico usado para destilar a preocupação sobre a sociedade brasileira contemporânea, que afasta a discriminação racial justamente nos pontos onde ela deveria ser encontrada. Foi possível perceber na maior parte das cenas e argumento a sensibilidade do realizador, Tonico Melo, que dialoga com critérios mais realistas, vivendo as dúvidas que nos levam a pensar justamente nessa realidade caótica fora da visão distorcida.

Infelizmente, o longa ficou prejudicado por esse cenário problemático na semana de seu lançamento; entretanto a expectativa por um filme da reputação de sua existência é o impulso de elevar as entidades atropeladas, por isso aqueles mesmos produtores entre os criadores no esforço para ultrapassar o temor anterior antes de passar a periferia desejada.

Resumo

"Festa No Céu" conseguiu trazer consigo um discurso mais crítico, relacionado a vários problemas, e assim fizeram um passeio ao longo da semana do evento com o drama entre os jovens. Na interpretação sobe os trágicos, colocando em discussão o nosso discurso público e o tema das divergências não só nos caminhos diferentes históricos entre os cidadãos mas também como os que ao menos como reforços à visão de quem não é de cor branca na sociedade atual e não é deixado na margem, seja pela discriminação, seja pela falta de leis que ajudem na igualdade de oportunidades para essas populações tanto em trabalhos prestados como em toda estrutura física urbana que vivemos agora ao lado e poder deixar em forma de legado um impacto duradouro nessa população, como fazendo o filme como foz de seu pensamento e porém não abandonando os seus personagens. Trata-se de uma obra que em si traz uma visão de bem diferente e uma história única que nos mostra os diferentes caminhos enfrentados e como é a beleza de entender e saber tudo sobre a cultura.

Concluindo

"De um coração entristecido, já não restam mais forças para empenhado na batalha eterna, quer ser sorrindo ou sofrido" proferem em memória de Filipe Chagú e em homenagem ao cinema onde nasceu a música da alma negra do Cangaceiro. Uma reflexão a vida que percorre, um eco que persiste ali distante, um mundo amordacado e pacífico.

Perguntas Frequentes

Q1: Qual o diretor do Festa no Céu? A: Tonico Melo.

Q2: Qual a formação da história em Festa no Céu? A: Inicialmente, a rotina de vendedores ambulantes na periferia da cidade. Depois da morte de um jovem, a comunidade começa a se revoltar.

Q3: Qual o lugar de filmagem do Festa no Céu? A: São Paulo, principalmente a periferia.

**Q4: Qual o papel dos protagonistas? ** A: são os vendedores ambulantes e os moradores da comunidade em que o crime aconteceu. A trama foca no garoto Tio Pim, de 14 anos, que morreu na ocorrência.

Q5: Quais as críticas que o filme recebeu? A: O filme foi rotulado por alguns críticos especializados como sombrio demais e perigoso para crianças.

Referências

Esse artigo foi baseado nas informações disponibilizadas acerca do filme: "Festa no Ceu (2011)." Uma boa maneira de se familiarizar com o roteiro do filme foi, sim, buscar o roteirista que criou o Festa no Céu para alcançar o estilo de encenação que o realizador segue e encorajar seus fãs. Os trabalhos efetuados por outros autores como uma pesquisa acerca do retrabalho de tonico melo, autores príncipe, tio pim, além de outros que ajudaram a se criar todo roteiro muito vibrante e cheio de temas atuais pelo mundo.


Autor: Saber Tecnologias

O Saber Tecnologias é um portal dedicado a explorar o universo da tecnologia de forma acessível, curiosa e informativa. Aqui, você encontra conteúdos sobre inovações, descobertas científicas, curiosidades tecnológicas e explicações simples sobre temas complexos do mundo digital. Nosso objetivo é tornar o conhecimento mais próximo do dia a dia das pessoas, despertando o interesse por tudo que envolve ciência, tecnologia e o futuro.