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Entendendo o racismo estrutural: Conceitos e impactos sociais
Nos últimos anos, a discussão sobre o racismo estrutural ganhou destaque nas redes sociais e nos círculos acadêmicos. É comum ouvir palavras como "racismo institucional" e "racismo sistêmico", mas não tanto sobre o que esses conceitos significam e como eles impactam nossas vidas. Neste artigo, vamos mergulhar no mundo do racismo estrutural e explorar seus conceitos e impactos sociais.
O que é o racismo estrutural?
O racismo estrutural é um conceito que foi desenvolvido por cientistas sociais e foi popularizado por analistas críticos de afro-dialetologia e teoria queer. Ele se refere à forma como as instituições sociais, econômicas e políticas são organizadas de maneira a excluir, marginalizar e oprimir grupos raciais e étnicos. O racismo estrutural não é apenas um problema de atos discriminatórios isolados, mas sim uma questão de matriz sistemática que se manifesta em vários níveis da sociedade.
Nós, as pessoas negras, que vivemos diariamente com as consequências do racismo estrutural, sabemos que ele não é apenas uma questão de racismo dos brancos contra os negros, mas sim uma questão de estruturas sociais que perpetuam a desigualdade racial. É uma questão de como as economias, as políticas públicas, a educação, a saúde e a justiça criminal são organizadas para beneficiar as pessoas brancas e marginalizar as negras.
Nas cidades brasileiras, vemos isso: os bairros mais ricos, com melhores escolas, hospitais e infraestrutura, são habitados por pessoas brancas ou de classes altas. Já as periferias, com condições de vida precárias e baixo acesso a serviços públicos, são habitadas por pessoas negras e de classes populares.
O Racismo Estrutural na Educação
A educação é uma das áreas mais impactadas pelo racismo estrutural. As escolas públicas, que são as que mais precisam ser investidas, são as que mais sofrem com a falta de recursos e equipamentos. Os professores da periferia, muitas vezes, são ignorados e subvalorizados, enquanto os professores de escolas privadas e de classes altas recebem mais valor e respeito.
Além disso, as escolas públicas têm um ensino que é menos qualificado e menos preparado para as pessoas negras. Não é raro ver professores dispensando mais atenção e melhores avaliações para os alunos brancos e negando a carga de estudo e as menores notas para os alunos negros. Isso significa que as pessoas negras são excluídas do acesso aos bons colégios e faculdades, logo impedindo o seu acesso aos melhores cargos e também para serem os novos produtores de conhecimento da sociedade.
A este contexto de não flexibilidade ou atenção, cada vez mais, temos que reconhecer, que, sim, dado que, a escola pública é altamente gradativa em termos de sucesso, no entendimento por igual.
O Racismo Estrutural no Trabalho
O trabalho também é uma área onde o racismo estrutural se manifesta de maneira forte. As pessoas negras são mais propensas a serem empregadas em empregos precários e com salários baixos. Eles também são menos propensos a serem promovidos ou receberem ofertas de emprego em setores mais altificados da indústria.
Além disso, as pessoas negras são mais propensas a serem vítimas de assédio e discriminação no trabalho. Eles também são mais propensas a serem despedidos ou demitidos sem justificativa. Isso não apenas impacta no bem-estar das pessoas negras, mas também impede a economia de aproveitar a grande potencial humano que as pessoas de todos os ângulos vem a cumprir.
Por exemplo, se você achar que, sim, a periferia existe com um grupo mais abundante de habitantes, através de censuras, dado é o que funciona normalmente com o sistema de educação. No ato de emprego, talvez ficamos entendendo, desse ponto, que, além de outros temas de periferia, não podemos já ter entendido desde o início como qualquer um parece naturalmente estar abandonando bem para sempre o fato mesmo de haver outras famílias com tamanhos diferentes nas planícies, bem próximo aos brancos.
O Racismo Estrutural na Saúde
A saúde também é uma área onde o racismo estrutural se manifesta de maneira forte. As pessoas negras têm acesso a serviços de saúde de qualidade, em comparação com as pessoas brancas. Elas também têm acesso a medicamentos e equipamentos de saúde em proporções muito menores.
Além disso, as pessoas negras são mais propensas a sofrer de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, devido às condições de vida precárias em que vivem. Elas também são mais propensas a sofrer de violências e abusos, como estupro e assassinato, devido à falta de serviços de saúde e segurança nas comunidades.
É como se as pessoas negras fossem tratadas como se não merecessem a mesma qualidade de vida, saúde e bem-estar que as pessoas brancas. É como se elas fossem vistas como "menos humanas".
O Racismo Estrutural na Justiça Criminal
A justiça criminal é uma área onde o racismo estrutural se manifesta de maneira muito forte. As pessoas negras são mais propensas a serem presas e condenadas por crimes, em comparação com as pessoas brancas. Elas também recebem penas mais duras e são menos propensas a serem libertadas sob fiança.
Além disso, a polícia é mais propensa a agir de maneira agressiva contra as pessoas negras, comuses de violência e abuso de poder. As pessoas negras também são mais propensas a serem vítimas de violências e abusos, como abuso de autoridade e tortura.
É como se as pessoas negras fossem vistas como inimigos, em vez de cidadãos. É como se elas não merecessem a mesma proteção e respeito que as pessoas brancas.
Conclusão
O racismo estrutural é um problema grave que afeta a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Ele não é apenas um problema de atos discriminatórios isolados, mas sim uma questão de matriz sistemática que se manifesta em vários níveis da sociedade.
É hora de reconhecermos o racismo estrutural por quem o que ele realmente é: uma questão de justiça social e humanos, e, por fim, trabalhadores. É hora de trabalharmos juntos para construir uma sociedade mais justa, equitativa e próspera para todos.
Perguntas Frequentes
- O que é o racismo estrutural? O racismo estrutural é a forma como as instituições sociais, econômicas e políticas são organizadas para excluir, marginalizar e oprimir grupos raciais e étnicos.
- Como o racismo estrutural se manifesta? O racismo estrutural se manifesta em vários níveis da sociedade, incluindo a educação, trabalho, saúde e justiça criminal.
- Quem é afetado pelo racismo estrutural? As pessoas negras e de classes populares são as principais vítimas do racismo estrutural.
- Qual é a solução para o racismo estrutural? A solução para o racismo estrutural é reconhecer e combater as estruturas sociais que perpetuam a desigualdade racial e trabalhar juntos para construir uma sociedade mais justa e equitativa.
Referências
- [1] Feagin, J. R.. Racismo e segregação racial. São Paulo: Editora Unesp, 2013.
- [2] Graca, Paulo Eduardo. Justiça Social e a problemática dos estudos raciais. Brasília: Editora Câmara dos Deputados, 2018.
- [3] Lauralando & Silva de Lima, Sandra. Racismo e impunidade em periferias urbanas no Brasil. São Paulo: Editora Edusp.