População indígena no Brasil em 1500 aponta para realidade complexa

População indígena no Brasil em 1500 aponta para realidade complexa

Um olhar para o passado

Passados mais de 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil, é difícil entender a magnitude da destruição e desorganização causadas à população indígena. Porém, buscando entender essa realidade complexa, vamos mergulhar no passado e explorar como era a população indígena no Brasil em 1500.

A diversidade étnica e linguística

Encontrávamos-se diversas etnias autóctones espalhadas pelo território brasileiro. Cada uma com suas próprias línguas, tradições e costumes, formam a rica tapeçaria das diferentes culturas indígenas. Do norte ao sul, desde a floresta amazônica até as planícies do sul, cada região tinha suas peculiaridades e particularidades. Com o objetivo de compreender essa complexidade, é importante lembrarmos que algumas dessas etnias ainda existem hoje, bem como seus respectivos dialetos.

Ao atravessar as fronteiras, encontramos diversos povos e sua forma de organização social e política, tendo se desenvolvido formas de governo diversas, desde estados mais primitivos (nomeadamente tribos) até mais complexos (cidades estáveis governadas por líderes de uma autoridade pessoal). Nossa análise da população indígena nesse período não é trivial, e é fundamental adentrarmos a essas características, desvendando suas condições e sociedades.

A organização social

As sociedades indígenas eram geralmente formadas por comunidades pequenas, vivendo em harmonia com a natureza. A agricultura, a caça e a coleta de frutas eram atividades fundamentais para a sobrevivência. A organização social era baseada na primazia do aldeamento, geralmente formado por famílias próximas que se mantinham unidas por relações de parentesco. O líder da aldeia era cuidadosamente escolhido pela família ou por consenso da aldeia, tendo, em boa parte das vezes, reconhecida autoridade, baseada na experiência, sábio conselho ou poderes espirituais. Ao estudar a sociedade, observamos como as necessidades desses povos são sempre relacionadas tanto à integração, quanto à diversidade existente.

Áreas de dificuldades

Essas sociedades, que já estavam enfrentando muitos desafios até a chegada dos europeus, enfrentaram uma série de catástrofes à medida que o território foi sendo colonizado. A política do "descobrimento" e do contato inicial caracterizou-se por intervenção na organização social dos povos indígenas, promovendo a catequese ao catolicismo e desestimulando a continuidade das suas práticas tradicionais. Essas alterações culturais afetaram o ambiente espiritual, cultural e social dos povos que viveram nestas zonas. Outra das principais violências foi a introdução, pelos invasores, de doenças mortais para os povos indígenas, que até hoje sofrem com a população e distribuição dos seus assentamentos.

O impacto da colonização

A chegada dos portugueses ao Brasil aconteceu a uma espécie de "espécie pobre de uma civilização". Essa avaliação realizada pelos povos indígenas foram corroboradas por estudos, onde, apesar de pequena, a ocupação portuguesa se transformou, no tempo, em catastrófica calamidade que trouxe mortes e destruição generalizada aos povos autóctones. O desaparecimento do "sabão de Castela" é um dos exemplos das técnicas utilizadas pelos portugueses para induzir os povos indígenas a mudarem de suas formações culturais existente para o modelo europeu, tornando assim a extinção de práticas, sobretudo em espíritos que refletem na identidade única do Povo Indígena Brasileiro.

A realidade contemporânea

Hoje, mais de 500 anos após a chegada dos portugueses, persiste sérios problemas que a população indígena enfrenta no Brasil. A partir da descrição sobre a destruição e exploração sofridas pelos povos indígenas no passado, faz-se necessário a criação de uma política que privilegie a reconstrução e preservação da cultura, direitos e costumes dessas comunidades. A luta e reconhecimento dessas existências é uma das atividades importantes do momento. Nós estamos na obrigação de rever e aprender: a história da população indígena no Brasil, apresentada em sua realidade complexa.

Conclusão

Buscamos entender como era a população indígena no Brasil em 1500. Nós já conhecemos com responsabilidade uns dos diversos povos autóctones. Éramos capazes de contar a história da emergência desse povo e entender a contribuição, através de descobertas geográficas e novos recursos. É por isso que é bastante complicado entender o que aconteceu aqui durante séculos; em face disto, buscamos capturar sua influência e todo o que possa ser imprimido. Os autores da violência e extinção dos povos indígenas devem ser anatemizados, mostrando suas barbaridades. Abordar o real drama que significou a morte de muitos povos foi a tônica da atividade realizada com a documentação acima.

Perguntas e Respostas

Q: Quais os países que fazem parte dos povos indígenas e que compõem a lista das nações que participarem de nossa história nos EUA?

A: Existem hoje 18 países e terrenos que fazem parte na lista dos povos indígenas no Americas.

Q: Quais são alguns dos prejuízos ao povo indígena no Brasil que aconteceram um século atrás, desde a luta pela terra até a morte.

A: Conhecemos diversos fatores contribuentes de tais problemas, entre eles:

• Colonização e intervenção nos povos indígenas;
• Introdução de bens estrangeiros de sua matriz;
• Assoluta inexistência de percepção da cultura dos povos indígenas.
• Toda a organização social das várias civilizações indígenas não eram na menor hipótese ameaçadas ou debilitadas, mas a política do descobrimento e posteriormente o início da colonização por portugueses e neerlandeses trazem nesse cenário o mesmo mal que representa nos dias de hoje.

Referências - Darcy Ribeiro. (1986). A Tradição Colonial Brasileira. 3º edição. São Paulo. editora Brasiliense - Eliane Alvim. (2011). Questões Fundamentais-Indivíduos e Coletividade. Rio de Janeiro. FIOCRUZ. - Francisco Gonçalves. (1943). Acervos Coloniais Brasileiros. Salvador. Progresso.